quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Mural - 200 Anos com São Pedro Julião Eymard

Fraternidade para leigos:


Em um clima de escuta da vontade de Deus manifestada a partir de alguns eventos e sob o impulso da “graça eucarística” interior, São Pedro Julião Eymard escolhe transmitir a pessoas diversas condições de vida e de classes sociais a mensagem da Eucaristia. Nascia assim as comunidades de leigos formados a partir do sacramento do altar.

O desejo de Pedro Julião era traduzir o carisma do Instituto Religioso por ele fundado, isto é os sacramentinos, não apenas como uma inspiração ideal capaz de animar todos os fiéis, mas como um modo de viver ideal junto a outros irmãos de fé, em uma comunidade de leigos.

Para a grande maioria dos cristãos, vale dizer, para o laicato, parecia que as condições da vida familiar e de trabalho seriam obstáculos insuperáveis para um caminho comunitário de fé, ou seja, seria difícil conciliar suas vidas com os encontros regulares com outras pessoas para colocarem em comum as próprias experiências de fé. Naquele tempo, assim como hoje e também há dois mil anos do dia de Pentecostes, quando três mil pessoas se juntarão aos discípulos, Espírito Santo, quando e como quer, rompe os obstáculos.

Assim dizia pe. Eymard a si mesmo: ser cristão não pode ser apenas cumprir práticas religiosas por conta própria com práticas religiosas com certa regularidade.

O nosso santo não estava plenamente satisfeito, nem mesmo com o modelo de associação para adoração eucarística que florescia, por todos os cantos, na França do século XIX.. Ele via aí um terreno para a implantação de um sonho por ele idealizado; sentia que faltava a este tipo de associação, alguma coisa para que se tornassem autenticamente eucarísticas. A Eucaristia manifestava-se para ele como o centro propulsor da vida eclesial, como força coagulante de experiências individuais de fé para a formação de comunidades que tornassem visível o Corpo de Cristo da qual ela é sacramento.


Depois de alguns anos, esclarecendo melhor a si mesmo e a seus primeiros companheiros o modo de traduzir a centralidade da Eucaristia em uma forma de vida e em uma missão inserida na Igreja, cria a Congregação do Santíssimo Sacramento. Ao fim dos primeiros projetos das Constituições ele estende esta inspiração aos leigos, associando-lhes na “AGREGAÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO”. O Fundador os concebia como um grupo de pessoas que a partir da adoração do Santíssimo Sacramento, teriam capacidade de viver e difundir a mensagem de amor condensada em Jesus neste mistério.

Seu desejo era concretizar entre entre os leigos o carisma sacramentino.